Antoni Coll  (foto: actuall.com)
Antoni Coll (foto: actuall.com)| Foto:

Há quem diga que o jornalismo está crise e também quem considere que a mídia é apenas um instrumento de poder. Muitas vezes, porém, a repercussão social do conteúdo produzido por jornais e revistas não é devidamente notada, o que dificulta que se veja a importante contribuição do jornalismo para a sociedade de hoje. A Gazeta do Povo, por exemplo, registrou em um relatório o impacto de suas reportagens em 2017.

Um dos grandes exemplos desse trabalho silencioso, mas que transforma a sociedade, é o de Antoni Coll, um jornalista catalão que trabalhou em grandes veículos como o Diari de Barcelona, El Correo Catalán e o Diari de Tarragona. Aos 75 anos, ele mantém hoje uma coluna nesse último jornal – e com apenas um texto conseguiu mudar a realidade de milhares de pessoas.

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Em 2006, Coll escreveu um artigo conclamando seus leitores a ajudar as pessoas em situação de rua, que chegavam a morrer de frio nas noites de inverno. Josep Félix Ballesteros, então líder da oposição na câmara de Tarragona, leu o texto, se apresentou à redação do jornal e se colocou à disposição. Advogados, professores, médicos e empresários se uniram à causa e nasceu então uma fundação chamada Bonanit.

Os objetivos da ONG são “garantir um lugar para dormir e a integridade física da pessoa; proporcionar acompanhamento social; assegurar a higiene pessoal e a alimentação e dar orientação sobre serviços e recursos necessários”, segundo a própria entidade, que disponibiliza leitos, alimentação e outros serviços à população em situação de rua.

Apenas em 2017, Bonanit atendeu 500 pessoas de 42 países – em seus mais de dez anos de história, foram mais de 5 mil pessoas atendidas. “Atendemos pessoas de todas as raças, religiões e culturas. Jovens de pouco mais de 20 anos e pessoas próximas aos 80, mas a maioria homens de meia-idade”, conta Coll ao site Actuall.

“São pessoas que tiveram uma crise, às vezes familiar, às vezes profissional, com um terceiro fator que costuma ser o alcoolismo”, comenta o jornalista, que até hoje preside a ONG, sempre vice-presidida por um representante da Caritas, organização católica de assistência social. “Já tivemos de tudo, até mesmo um homem que foi campeão mundial de uma modalidade de boxe e um piloto”.

 

Com informações de Actuall.

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