Charlie Gard: EUA concede visto de residência permanente ao bebê e aos pais
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O Congresso dos Estados Unidos concedeu um visto de residência permanente a Charlie Gard e seus pais para que o bebê possa realizar em solo americano o tratamento experimental proposto pelo médico Michio Hirano. De acordo com o congressista republicano Jeff Fortenberry, do estado de Nebraska, a emenda foi votada na terça-feira (18/07), mas ainda depende da aprovação da Câmara e do Senado para se tornar uma lei.

A decisão do congresso é mais um fator de pressão diante da decisão do Great Ormond Street Hospital, onde o bebê está internado desde outubro, de desligar o aparelho que o mantém respirando e conceder apenas cuidados paliativos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o papa Francisco também intercederam em favor de Charlie.

Hirano está em Londres desde segunda-feira, depois que o juiz responsável pelo caso, Nicholas Francis, permitiu que ele examinasse o bebê para avaliar as chances de o experimento ter algum sucesso. Francis mantém que, mesmo com a abertura de outros países para receber Charlie, a sua saída do hospital ainda depende de sua aprovação.

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O juiz diz que “seria completamente errado que ele fosse transferido” sem a sua permissão. Francis afirma ainda que está aberto a qualquer nova evidência médica e que, se a equipe do hospital mudar de ideia e permitir que o bebê seja transferido, ele estaria “inclinado a concordar”.

Tratamento experimental

A rara doença que aflige Charlie não possui tratamento conhecido. Sabem-se de apenas 16 casos dessa doença, chamada de síndrome da depleção do DNA mitocondrial. Hirano defende que “com doenças tão raras precisamos usar cada paciente e reunir a partir deles o maior número possível de detalhes”.

O juiz, porém, declarou que não é “do melhor interesse de Charlie” que ele seja submetido a experimentos que não tenham perspectiva de benefício para ele, ainda que a ciência possa se beneficiar dos resultados. De acordo com o hospital, os danos neurológicos que a doença já causou no bebê são irreversíveis e qualquer tratamento meramente experimental seria injustificado, devido à potencial dor que poderia lhe proporcionar.

O tratamento que Hirano propõe nunca foi testado em nenhum humano ou animal com a mesma condição de Charlie, mas apenas em um paciente norte-americano com uma doença parecida.

 

Com informações de Daily Mail e Independent

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