Campanha ensina crianças a se defenderem de violência sexual durante as Olimpíadas
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Em grandes eventos como as Olimpíadas Rio 2016, com o aumento da presença de turistas no Brasil, os riscos de violações de direitos humanos de meninos e meninas se intensificam, especialmente em relação à violência sexual. A fim de promover a autoproteção e orientar diretamente as crianças com idade, entre 5 e 11 anos, sobre como pedir ajuda nesses casos, a Rede Marista de Solidariedade, por meio do Centro Marista de Defesa da Infância, disponibiliza a série de vídeos da Campanha Defenda-se.

Dados do Disque 100 revelam a importância de toda a sociedade fortalecer as mobilizações neste período. Apenas em 2015 – em um ano sem eventos mundiais – o serviço de denúncia registrou 80.437 violações de direitos de crianças e adolescentes, das quais 17.583 foram de violência sexual. A maior parte dos casos referem-se a meninas e meninos de 4 a 11 anos (40%), seguidos por crianças e adolescentes de 12 a 17 (31%) e de 0 a 3 (16%).

Pensando na importância de orientar sobre o assunto, no site da Campanha Defenda-se estão disponíveis para download materiais educativos sobre autodefesa de crianças contra o abuso e a exploração sexual, além de dez vídeos em diferentes linguagens (LIBRAS, áudio-descrição, legendas em português, inglês e espanhol), que também podem ser ouvidos por meio de spots de 30 segundos para rádio.

“Acreditamos que por meio dos vídeos a criança consegue perceber no próprio dia a dia em quais situações está mais vulnerável, e que ações pode tomar para se prevenir da violência sexual, lembrando que sempre deve contar com um adulto de confiança. Além disso, educadores e profissionais que atuam no Sistema de Garantia de Direitos podem utilizar o material como forma de abordar o tema”, diz Vinícius Gallon, coordenador da campanha Defenda-se.

Todo o conteúdo dialoga com as crianças oferecendo orientações, tais como: usar pulseirinha de identificação com nome completo e contato dos responsáveis; estar sempre acompanhada de um jovem/adulto responsável e de confiança da criança; combinar com os pais ou responsáveis um local de referência, caso se perca; evitar ficar sozinho/a em locais escuros e que pareçam perigosos; se algo estranho acontecer, a criança deve contar para uma pessoa de confiança, discar o número 100 ou procurar o Conselho Tutelar, quando possível.

A Rede Marista de Solidariedade acredita que se bem informadas, as crianças podem ser agentes importantes na quebra deste ciclo de violência. “O objetivo do site é democratizar o acesso aos materiais da Campanha Defenda-se a todos que desejam promover algum tipo de mobilização de enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes”, afirma Gallon.

A série de vídeos em suas diferentes linguagens está disponível no site do projeto, juntamente com documentos de referência sobre o enfrentamento à violência sexual e materiais para mobilização do tema nas mídias sociais: www.defenda-se.com.

 

Assista a alguns dos vídeos da campanha:

 

Veja todos os vídeos no site da campanha

 

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