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Samuel Aquila, arcebispo de Denver, nos Estados Unidos, não foi sempre religioso ou pró-vida. Numa carta escrita por ocasião do aniversário da legalização do aborto nos Estados Unidos, Aquila contou o que o influenciou a se tornar um firme defensor dos bebês nascituros.

Na carta, intitulada “40 anos da cultura da morte”, Aquila fala do tempo em que estava na universidade, em 1968, cinco anos antes da eliminação de bebês em gestação se tornar legal. Naquela época, ele pretendia ser médico. Por essa razão, conseguiu um emprego em um hospital e passou a ajudar na sala de emergências.

O que ele não sabia era que o aborto já era legal em alguns estados, inclusive na Califórnia, onde ele estudava. Enquanto esteve lá, ele testemunhou os resultados de dois abortos.

Na primeira ocasião, ele viu um bebê abortado deixado numa pia. Na segunda, uma jovem entrou gritando na sala de emergências por causa de um aborto. Aquila conta que a mulher tinha sido informada que os restos do seu filho iriam sair naturalmente, e foi o que aconteceu na sala de emergência. Com a ajuda de um médico, logo saiu um bracinho, depois uma perna e o resto do corpo do bebê, “um pequeno ser humano destruído violentamente”, recorda Aquila.

A sua história continua: “A lembrança me assombra. Eu nunca vou esquecer que fui testemunha de atos de uma brutalidade inenarrável. Nos abortos que presenciei, pessoas poderosas tomavam decisões que acabavam com a vida de pequenas e vulneráveis crianças. Através de mentiras e manipulações, as crianças eram vistas como objetos. As mulheres e as famílias estavam convencidas de que acabar com uma vida seria indolor e esquecível. Peritos argumentavam de forma aparentemente convincente que o não-nascido não era em último caso uma pessoa, que ele não sentia dor e que estaria melhor morto.”

Crédito: Wikimedia Commons. Crédito: Wikimedia Commons.

O arcebispo descreve que a experiência o despertou para a verdade da dignidade da vida desde o momento da concepção, e o fez voltar à sua fé. Ele afirma que o caso Roe vs. Wade – nome do julgamento que resultou na liberação da prática – fez a sociedade norte-americana ver “as pessoas como problemas e objetos”.

Lamentando os danos causados pelo aborto, Aquila conclama os cristãos a se responsabilizarem pela vergonha do aborto, porque muito pouco foi feito para mudar as mentes e ganhar os corações para a vida.

Ele prossegue: “Líderes políticos católicos que dizem que podem separar as verdades da fé de suas vidas políticas estão escolhendo separar-se a si mesmos da verdade, de Cristo e da comunhão da Igreja Católica.”

Para Aquila, banir o aborto deve ser o principal objetivo político dos católicos dos Estados Unidos. “É difícil imaginar alguma questão política tão importante quanto a matança legalizada de crianças”, diz ele.

 

Com informações de Life News.

Colaborou: Felipe Koller.

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