O que é o “disque-aborto” e por que você devia comemorar o arquivamento dessa ideia
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Na semana passada a batalha em torno da PEC 181/15 acabou ofuscando outra vitória pró-vida que merece ser destacada. O “Disque-Aborto” foi rejeitado numa das comissões da Câmara dos Deputados e o projeto será definitivamente arquivado. O projeto criaria um número de telefone para que mulheres grávidas que estivessem angustiadas com sua gravidez conversassem com “profissionais preparados” – nas palavras do autor do projeto – a fim de receber informações sobre aborto.

Na prática, analistas pró-vida alertavam que o projeto faria o governo financiar todo um sistema que ensinaria mães a abortarem por qualquer razão, impunemente, fazendo uso de distorções da legislação atual.

Confira detalhes na matéria da Agência Câmara:

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Rejeitada criação de serviço telefônico para orientação sobre aborto e contraconcepção

A Comissão de Seguridade Social e Família rejeitou nesta quarta-feira (22) o Projeto de Lei 1618/11, do deputado Roberto Britto (PP-BA), que criava um serviço telefônico para oferecer informações sobre métodos contraceptivos e aborto.

A matéria será arquivada por tramitar em caráter conclusivo e ter sido rejeitada na única comissão de mérito que a analisou, a menos que haja recurso aprovado para que seja votada pelo Plenário.

“Acolher a presente proposição poderia soar para a sociedade que esse Parlamento insiste em criar um ‘Disque Aborto’, o que geraria um grande mal-estar devido a toda polêmica que o tema desperta no Brasil”, afirmou o relator, deputado Diego Garcia (PHS-PR), ao sugerir a rejeição da proposta.

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De acordo com o projeto, as informações seriam prestadas por psicólogos da equipe do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de um número telefônico disponível para todo o País.

Os atendimentos realizados deveriam ser gravados, resguardado o sigilo dos usuários, para compilação de dados.

Na opinião de Garcia, no entanto, não cabe ao Legislativo determinar que o SUS implemente um serviço com as características propostas, “que implica disponibilizar pessoal, montar um sistema de atendimento, gravação e análise de dados”.

O parlamentar lembrou ainda que o Ministério da Saúde já disponibiliza o número 136, gratuito, de âmbito nacional, para atendimento eletrônico a várias questões, inclusive sobre saúde da mulher e do homem.

O relator criticou também a orientação contraceptiva por telefone. “Não há como viabilizar a indicação de método contraceptivo por telefone. Esse procedimento atentaria inclusive contra os códigos de ética dos profissionais envolvidos.”

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