Francisco diante do cemitério de bebês abortados, em Seul, Coreia do Sul.
Francisco diante do cemitério de bebês abortados, em Seul, Coreia do Sul.| Foto:
Francisco diante do cemitério de bebês abortados, em Seul, Coreia do Sul. Francisco diante do cemitério de bebês abortados, em Seul, Coreia do Sul (foto: Reuters)

O papa Francisco fez questão de marcar sua visita à Coreia do Sul com um silencioso e significativo protesto contra os altos índices de casos de aborto que ocorrem naquele país. Conforme informaram as agências internacionais, o pontífice foi a um cemitério de bebês abortados localizado dentro de um centro de apoio a incapacitados em Seul.

Francisco deteve-se em silêncio no jardim chamado Taeahdongsan, um terreno com centenas de cruzes de madeira pontadas de branco, representando os não-nascidos. O texto da agência espanhola EFE informa que, embora a lei coreana estabeleça diversas limitações ao aborto, a fiscalização praticamente não existe, resultando em milhares de mortes ocorridas em clínicas de aborto que anunciam seus “serviços” livremente. O texto cita dados de 2005, quando foram praticadas 340 mil abortos contra 440 mil nascimentos.

O cientista social norte-americano Steven Mosher, especialista em demografia e presidente do Population Research Institute, escreveu sobre a visita de Francisco e sobre os vergonhosos números que o próspero país asiático ainda precisa superar. Segundo Mosher, a prática do aborto passou a ser incentivada no país no final da década de 60, quando a Coreia do Sul ainda sofria com as consequências da guerra contra a Coreia da Norte e cedeu à forte pressão dos Estados Unidos, seu principal aliado militar, para tomar medidas de controle populacional.

Hoje, meio século depois, parece haver no país a consciência de que o radicalismo no controle de natalidade foi um erro:

“A taxa de natalidade sul-coreana, de apenas 1,25 filhos por mulher, está entre as mais baixas do mundo. A população da Coreia do Sul está envelhecendo rapidamente; a força de trabalho está diminuindo e a população já começou a declinar.

Diante de tais números desalentadores, que pressagiam uma espécie de suicídio nacional gradual, o governo inverteu a política: agora, o país não só abandonou o limite de dois filhos como oferece incentivos para que as famílias tenham mais crianças. Além disso, o governo está começando a reprimir os abortos ilegais”.

Leia a íntegra do artigo de Steven Mosher.

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