Kremlin (foto: stock.xchng)
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A Rússia foi o primeiro país do mundo a legalizar o aborto, em 1920, logo depois da tomada de poder pelos comunistas. A liberação na época foi total, sem restrição nem exigência alguma. Desde então, a legislação sobre o tema sofreu várias mudanças. A prática voltou a ser ilegal na década de 30 e foi retomada nos anos 50, com algumas restrições a mais em relação à lei original. Entretando, ainda hoje, a Federação Russa é o país onde ocorre o maior número de abortos por mulher em todo o mundo. De acordo com dados da ONU, ocorrem no por lá cerca de 1,2 milhões de abortos ao ano. Levando em conta o tamanho da população, o número é superior inclusive aos índices da China.

No meio dos dados calamitosos, contudo, surgem algumas boas notícias. Desde meados do ano 2000, com apoio da Igreja Ortodoxa Russa, o movimento pró-vida tem crescido e conquistado simpatizantes inclusive no Kremlin. Em 2011, a ex-primeira-dama do país, Svetlana Medvewww.a, assumiu uma posição de destaque no debate sobre o aborto. Naquele ano, discutia-se uma nova lei que tornasse obrigatória a instrução médica sobre os riscos à saúde que um aborto pode causar à mulher. Svetlana defendeu publicamente a proposta que foi posteriormente sancionada por seu marido, o então presidente e atual primeiro-ministro Dmitry Medvewww..

Jornais da época disseram que Svetlana defendia não apenas aquele projeto, mas que havia aderido completamente à causa pró-vida. Um sinal disso seria sua participação, já em 2008, da campanha pela criação do Dia da Família. Ela também se tornou uma das principais interlocutoras entre o governo e a Igreja Ortodoxa Russa.

Outro sinal de mudança foi a realização, em Moscou, do 4º Festival Internacional de Tecnologias em Defesa dos Valores Familiares, também chamado apenas de Festival PRO-LIFE. O evento ocorreu neste ano, dos dias 08 a 10 de julho, e na ocasião foi elaborada, pela primeira vez em anos, uma proposta de lei que garanta a proteção à vida humana desde a concepção.

É claro que os obstáculos por lá parecem enormes, mas essa nova movimentação é de dar esperança.

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