Ex-presidente da Irlanda é impedida de falar no Vaticano por sua militância LGBT
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Mary McAleese, uma feminista que foi presidente da Irlanda de 1997 a 2011, faria uma palestra no Vaticano referente ao Dia Internacional das Mulheres mas – para o seu azar e sorte dos católicos – a lista de palestrantes no evento teria de passar pelo cardeal Kevin Farrel, que não é apenas chefe do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, como também é irlandês e conhecia muito bem as posições da senhora McAleese.

Embora apresente-se como católica, McAleese é defensora notória do casamento gay e da cultura LGBT em seu país, além e advogar também pela ordenação de mulheres na Igreja Católica. Segundo o jornal irlandês Belfast Telegraph, ela ficou, vejam só, “surpresa e decepcionada”.

Outro nome que foi igualmente cortado pelo cardeal Farrel foi de Ssenfuka Joanita Warry, apresentada pelos organizadores como uma “ativista LGBT católica e lésbica da Uganda” (!!!).

O evento tem o nome de Voices of Faith  e está em sua 5ª edição. As últimas quatro ocorreram dentro do Vaticano, aparentemente sem problema algum. Quem o organiza é uma tal Fidel Gotz Foundation, de Liechtenstein. Em seu site oficial a entidade apresenta-se como instituição de caridade baseada nos valores da “verdade, educação e coragem”.

Jesuítas

O evento, contudo, não foi cancelado. Só mudou de lugar. Os organizadores já informaram que a Companhia de Jesus – congregação a qual pertence o papa Francisco – soube do ocorrido e ofereceu suas instalações, em Roma, fora dos muros do Vaticano, para que a ex-presidente, a ativista LGBT e todas as outras palestrantes possam falar sem impedimentos.

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