Descarte de embriões em escala industrial no Reino Unido
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Elard Koch é um premiado professor de medicina na Universidad de Chile, doutor em Ciências Biomédicas, que mantém uma coluna no jornal chileno La Tercera. No texto publicado nesta quarta-feira (16/01), ele trás aos seus leitores números espantosos sobre a produção e descarte de embriões no Reino Unido, que se dá em escala industrial.

O texto parece ser escrito para alertar a população de seu país a respeito da falta de regulação e estatísticas sobre reprodução assistida no Chile, mas os números ingleses em si já são suficientes para um alerta global sobre o descaso com a vida embrionária.

Citando a publicação inglesa The Telegraph, ele diz que desde 1991 foram criados mais 3,5 milhões de embriões. Desses, cerca de 1,4 milhões foram implantados em úteros, mas pouco mais de 15% resultou em gravidez, gerando uma perda aproximada de 1,1 milhões de embriões.

Sobre o restante dos embriões produzidos por fertilização in vitro, entre armazenamentos para possível uso posterior e doações para pesquisa científica, cerca de 1,7 milhões foram descartados.

Koch também fala em seu artigo do custo financeiro que as fertilizações artificiais têm trazido ao país, já que hoje, uma a cada 50 crianças inglesas nascem por técnicas de laboratório. Esse ponto, em especial, tem gerado polêmica entre os parlamentares britânicos.

Por fim, o professor elogia o sistema de monitoramento inglês que permite o acesso a esses dados, mas faz a ressalva de que ainda há muitos outros custos associados à indústria da fertilização difíceis de quantificar, como por exemplo, quantos embriões passam por diagnósticos de seleção eugênicos.

A íntegra do artigo está disponível aqui.

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Elard Koch é epidemiologista, tem mestrado em Saúde Pública e doutorado em Ciências Biomédicas. Tem sido convidado como palestrante a vários países da América Latina para falar sobre suas pesquisas na área da Bioética. Numa delas ele mostra que a legalização do aborto não está estatisticamente associada à diminuição da mortalidade materna.

No vídeo abaixo ele explica alguns tópicos desse trabalho. Infelizmente não está legendado.

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