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Artigo publicado originalmente em inglês no site pessoal de Robert Colquhoun, diretor da iniciativa Marcha pela Vida, no Reino Unido:

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Eliminar o aborto envolve mudar corações e mentes. Em países em que a legislação e a cultura pró-aborto estão firmemente enraizadas, quem é pró-vida carrega a árdua tarefa de mudar o status quo. Um mapa se faz necessário para tirar a sociedade de onde está e levá-la aonde ela precisa ir. É necessário que pessoas com visão, talento e habilidades tragam à vida as suas ideias de como transformar uma cultura da morte em uma cultura da vida. Precisamos de pessoas que deem à luz projetos, serviços e organizações que ainda não existem, mas que são necessários para mudar a cultura.

No Ocidente, toda uma geração foi criada à base de relativismo moral no café, no almoço e na janta. As pessoas dessa geração acham que questões morais devem ser decididas com base em valores subjetivos de conveniência, em vez de princípios invioláveis intrínsecos. Quem é pró-vida não só precisa comunicar a beleza da vida no ventre materno – uma maravilha a ser custodiada e não destruída – mas também ajudar os outros a conceber uma forma de viver que celebra a cultura da vida e pratica uma ética que favorece os fracos em vez dos fortes, mesmo em meio a uma gravidez crítica.

Há diversas iniciativas e organizações que foram lançadas nos últimos anos para ajudar a missão do movimento pró-vida. No Reino Unido, os 40 Days for Life, a Alliance of Pro-Life Students e a March for Life tiveram início todos dentro dos últimos seis anos. Essas organizações têm ajudado o movimento pró-vida a comunicar a sua mensagem ao grande público e a unir pessoas, ensinando a nova geração a confiar na importância e no valor da mensagem pró-vida. Grupos pró-aborto têm feito campanha pela medida ultrajante de eliminar qualquer restrição ao aborto quanto à idade do feto. Grupos pró-vida deveriam ser igualmente ousados no seu desejo de transformar a sociedade. Nos Estados Unidos, Live Action, And Then There Were None, Save The Storks, Sidewalk Advocates for Life e o Centro para o Progresso Médico são todas organizações criadas para ajudar o movimento pró-vida a desenvolver a sua missão junto a mais pessoas: conscientizando sobre as práticas corruptas descobertas pelo jornalismo investigativo, alcançando mulheres que passam por gestações críticas e até funcionários de clínicas de aborto que desejam sair da indústria. Essas organizações têm a atividade empresarial em seu centro porque foram lançadas com o fim de responder a uma necessidade particular tangível da sociedade. Quando a base do nosso movimento prospera, estamos aptos a informar a cultura, uma pessoa de cada vez, salvar vidas do aborto e virar o jogo. A cultura informa a política e cada vida salva do aborto é potencialmente uma vida inteira de arrependimentos a menos.

A revolução da informação e das comunicações que a internet gerou pode ajudar consideravelmente nos esforços do movimento pró-vida. Somos chamados a proclamar a nossa mensagem de cima dos telhados. Fica mais fácil se tiver um satélite sobre o telhado. O marketing online é um mundo sem precedentes onde tudo é possível. Podcasts e webinars são ferramentas que nos ajudam a alcançar milhões de pessoas ao redor do mundo. Comunidades e mídias sociais nos mostram que nunca foi tão fácil atingir tantas pessoas com mensagens poderosas de amor e de vida. Aprender a usar essas ferramentas pode ser uma poderosa ajuda para comunicar a nossa mensagem de maneira mais intensa e atraente, sem a interferência da mídia tendenciosa. Podemos chegar a nações inteiras em uma escala que há apenas algumas gerações era inimaginável.

O contexto do debate sobre o aborto é que há organizações grandes e poderosas mexendo com vítimas vulneráveis e inocentes. As crianças não-nascidas não conseguem falar por si mesmas ao experimentar uma morte violenta. Precisamos ser os seus defensores e apoiar as mulheres que estão em circunstâncias difíceis com amor e compaixão. Porque no fim, seremos julgados pelo amor.

 

 

Tradução: Felipe Koller

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