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O filme Ender’s Game – O Jogo do Exterminador é considerada uma adaptação bastante literal do livro homônimo do autor Orson Scott Card. Embora tenha sido lançado há 30 anos, como toda boa ficção científica conseguiu antever algumas situações que estamos passando em tempos atuais. Mesmo tendo diversos pontos de reflexão, resolvi pegar apenas alguns para conversarmos. 

Um das coisas que logo me chamou atenção foi que a família de Ender tem três filhos, mas o terceiro somente veio após autorização do governo (será que aquilo que se pratica na China comunista vai se tornar uma regra mundial?). Interessante que não é a primeira obra futurista que coloca essa situação, sob a justificativa de controle populacional em razão da escassez de comida e problemas habitacionais, sendo esta medida uma forma de limitar a ação do homem.

No caso do filme o terceiro filho foi justamente Ender, o menino que no final das contas veio para salvar a humanidade, um jovem que acabou sendo o ponto de equilíbrio entre seus irmãos. O mais velho é agressivo sempre reagindo com força, e a irmã é muito sentimental e quem tem maior intimidade com Ender, que por sua vez consegue unir o sentimento e a força, mesmo que em uma mente tão jovem ainda seja algo tão difícil de lidar.

O jovem é muito inteligente, com uma grande visão lógica e usa este dom para se defender. Sabe a diferença entre impor a liderança e ser seguido pelas suas qualidades de líder. Não exita em vencer os jogos que disputa e tenta cada um que esteja em seu lado. Ao mesmo tempo sente compaixão de seus adversários, sejam eles quem forem.

No entanto, assim como todas as crianças e jovens da sociedade, sofrem a pressão de se tornarem grandes guerreiros, e suas reações e emoções são fruto disso. O medo de uma nova invasão e a maciça formação de ódio contra os alienígenas faz com que todos se sintam pressionados para ser ajudar nessa luta, para dar o sangue e até mesmo a vida para destruir o inimigo, que para a liderança deste exército significa destruir toda aquela população alienígenas. Ender cresce nesse mundo, sofre esta pressão, mostra que é o melhor para conduzir o exército, mas seu lado sentimental conseguiria dizimar uma raça?

Como todo filme de ficção científica, este também nos leva à reflexão. O filme é bem interessante, mostrando todo o desenvolvimento do jovem Ender, seu crescimento na carreira militar, suas angústias e a forma como conquista sua equipe. Vale ser visto, inclusive com as crianças (atenção para a classificação de idade – 10 anos). Eu sempre recomendo que os pais assistam com seus filhos e conversem depois (até mesmo durante) do filme, explicando alguns pontos e tirando dúvidas.

Nota:

3,5

Sinopse: Em um futuro próximo, extraterrestres hostis atacaram a Terra. Com muita dificuldade, o combate foi vencido, graças ao heroísmo do comandante Mazer Rackham. Desde então, o respeitado coronel Graff e as forças militares terrestres treinam as crianças mais talentosas do planeta desde pequenas, no intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin, um garoto tímido e brilhante, é selecionado para fazer parte da elite. Na Escola da Guerra, ele aprende rapidamente a controlar as técnicas de combate, por causa de seu formidável senso de estratégia. Não demora para Graff considerá-lo a maior esperança das forças humanas. Falta apenas um treinamento com o grande Mazer Rackham, e depois garoto estará pronto para a batalha épica que decidirá o futuro da Terra e da humanidade.

Ficha técnica:

Gênero: Ficção Científica
Direção: Gavin Hood
Roteiro: Gavin Hood
Elenco: Abigail Breslin, Andrea Powell, Aramis Knight, Asa Butterfield, Ben Kingsley, Brandon Soo Hoo, Hailee Steinfeld, Han Soto, Harrison Ford, Jimmy Pinchak, Kyle Russell Clements, Moises Arias, Nonso Anozie, Suraj Partha, Viola Davis
Trilha Sonora: James Horner
Duração: 114 min.
Ano: 2013
País: Estados Unidos
Classificação: 10 anos
Informação complementar: Baseado na obra de Orson Scott Card

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