Confira as perguntas, reflita sobre elas e guarde-as em para, de tempos em tempos, avaliar seu nível de inteligência emocional.
Confira as perguntas, reflita sobre elas e guarde-as em para, de tempos em tempos, avaliar seu nível de inteligência emocional.| Foto: Bigstock

Cada vez mais adquirimos consciência da importância da inteligência emocional – e o mercado de trabalho tem valorizado bastante essa capacidade também. Mas como saber em que grau está a sua? Embora seja difícil avaliar profundamente a sua própria inteligência emocional sozinho, certas perguntas podem estimular reflexões interessantes, disse Adriana Gattermayr, coach e consultora da Gattermayr Consulting em entrevista à revista Exame.

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“Dificilmente você tem uma noção exata de como interage socialmente”, explicou na mesma reportagem, João Marcelo Furlan, sócio-fundador da Enora Leaders. “O ideal é que outras pessoas contribuam com suas opiniões e percepções sobre você”. O próprio ato de pedir feedback a chefes, colegas e subordinados também ajudará você a desenvolver as suas habilidades comportamentais.

Gattermayr e Furlan prepararam um roteiro de questões, sem valor científico, que pode servir como gatilho para a sua busca por autoconhecimento. Confira as perguntas a seguir, reflita sobre elas e depois disso confira os comentários sobre cada uma no final do post.

  1. Quais são os sentimentos mais frequentes na sua rotina de trabalho? Você saberia dizer por que eles aparecem com tanta regularidade?
  2. Pense em duas situações que lhe causam medo, duas que desencadeiam raiva, duas que trazem indignação e duas que geram tristeza. Quais pensamentos e reações cada uma dessas situações provoca?
  3. Quais são meus pontos fortes e fracos? Tenho confiança nas minhas próprias habilidades?
  4. Pense em alguém que o irritou ou magoou, sem que isso tenha se resolvido até o momento. Agora imagine que você é o advogado de defesa da pessoa e deve argumentar a favor dela nessa situação. O que diria?
  5. Quando está numa situação de estresse ou confronto, você normalmente culpa os outros, culpa a si mesmo ou culpa a situação?
  6. Aceito mudanças facilmente?
  7. Um dos seus subordinados sempre causa brigas na equipe. Um dia, você chega ao trabalho e percebe que há outra situação de confronto. Qual a primeira coisa que faz?
  8. Ao ser atacado verbalmente, o que você faz?

Confira os comentários dos especialistas a cada pergunta:

  1. “Quanto maior o número de sentimentos lembrados e descritos, melhor”, explica Gattermayr . Quando você percebe seus padrões de comportamento, tem mais facilidade para prever e gerenciar certas reações, segundo ela.
  2. A questão avalia qual é o seu modelo mental. O medo gera fuga? A raiva provoca mudez? Se você consegue reconhecer facilmente os seus mecanismos psicológicos mais típicos, isso significa que você tem um nível alto de inteligência emocional, de acordo com Gattermayr.
  3. Pessoas que fazem uma boa gestão das suas emoções geralmente são autoconfiantes. “É diferente de ser arrogante, porque o arrogante é um autoconfiante que não sabe gerir seus próprios relacionamentos e deixa de ser apreciado socialmente”, disse Furlan.
  4. Se você é capaz de fazer uma boa defesa de quem o magoou, é capaz de empatia e provavelmente conta com alto nível de inteligência emocional. Captar o que o outro está sentindo, mesmo que ele não o diga, é uma habilidade bastante rara, mas extremamente útil.
  5. Cuidado: escolher qualquer uma das três opções depõe contra a sua inteligência emocional, segundo Gattermayr. “A resposta ideal é dizer que isso não importa, e que a energia deve ser direcionada para a resolução do problema”.
  6. “Muita gente tem medo da mudança porque não sabe quais serão os seus efeitos sobre si mesmo”, avaliou Furlan. Se você é flexível e consegue acompanhar os movimentos da vida, causará menos sofrimento a si próprio e aos demais.
  7. Quem tem baixos níveis de inteligência emocional tende a rotular as pessoas e em vez de imaginar diversas hipóteses para explicar o que aconteceu, essa pessoa questiona o causador da briguento para saber o que ele fez de errado, porque já imagina que ele é o culpado por qualquer conflito.
  8. Para quem tem inteligência emocional, essa resposta é mais estratégica: primeiro escuta-se o ataque, usa-se da empatia para captar que tipo de emoção está por trás daquilo e então procura-se responder a esse sentimento do outro, finalizou Gattermayr
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